domingo, 24 de agosto de 2014

Aulas de beach tennis



Eu e a Laura Pimenta jogando interclubes pelo Esperia!

Esse esporte veio para ficar e a cada dia conquista mais pessoas!


Faz quase um mês que comecei a dar aulas de beach tennis no Acre Clube, que fica no Jardim França, zona norte de São Paulo. No início estava um pouco apreensiva por ser um esporte novo. Mas, para a minha surpresa, muitas pessoas já estão fazendo aula e se interessando pela nova modalidade.

Marcus Ferreira (top 10) dando uma clínica no Esperia

Porém, antes de falar sobre o beach tennis, quero dizer algo sobre o Acre Clube, um lugar muito especial pra mim. Este é clube onde comecei a jogar tênis em 1988 (não faz tanto tempo assim kkkk) e lá ganhei meu primeiro troféu, aos 9 anos. Infelizmente não encontrei uma foto daquela época para postar aqui, vou continuar procurando...


 
Eu jogando o Itaú Masters Tour esse ano/ Foto: João Pires

Agora, voltando ao beach tennis... O esporte surgiu nas areias da Itália na década de 80 e possui hoje em dia mais de um milhão de praticantes espalhados pelo mundo. O órgão internacional responsável pela modalidade é a ITF (International Tennis Federation), o mesmo que rege o tênis. No Brasil, o beach tennis chegou em 2008 e vem fazendo muito sucesso.

 
Equipe Brasileira de beach tennis

Uma das coisas que mais gostei nas minhas aulas foi constatar o quanto as pessoas ficam felizes em ver que elas conseguem executar os exercícios e realmente saem jogando desde o início. Isso parece algo simples, mas é muito legal ver de perto todo mundo sorrindo, fazendo exercício e gastando calorias (precisa, né hehehe).

 
Que demais!! Foto: Torneio de Aruba

Como todo mundo sabe, é muito importante praticar atividades físicas, por todos os benefício à saúde. No beach tennis não poderia ser diferente. Já pensou correr durante uma hora naquela areia pesada? Suas pernas vão ficar torneadas, o abdômen firme e também vai ajudar na musculatura do braço, porque tem que bater na bola sem parar. Além de ser um ótimo exercício cardiovascular, também é muito explosivo. Você vai ficar com um corpo de dar inveja...

 
As brasileiras Joana Cortez e Samantha Barijan - dupla número 1 do mundo

Mas, a parte social também é muito importante. Percebo que as pessoas ficam realmente ligadas pelo esporte e felizes por praticarem uma atividade tão divertida. Grandes grupos de praticantes se formam nesta modalidade, eles combinam treinos, viagens para os torneios (que geralmente são para belas praias como Porto Seguro e Aruba), enfim, formam uma verdadeira família. 
Galera super animada esperando o jogo no torneio de Mogi
Vejo nos jogadores de beach tennis uma alegria que faz tempo que não vejo em outras modalidades. Como é mais fácil que o tênis, acho que isso acaba influenciando alguns praticantes, que acabam aderindo mais rápido ao beach tennis.Tenho que reconhecer, eu adoro o tênis e ainda jogo bastante, mas o beach tennis anda me surpreendendo a cada dia...

 
Ao lado de Marcela Evangelista (que sabe tudo de beach tennis), com o diploma do seu curso para professores!
 
Venha jogar e se divertir você também no beach tennis!!
 
Pessoal animado no torneio do Guarujá deste ano!!


domingo, 3 de agosto de 2014

Duas semanas na Academia Sánchez-Casal


Renata Dias e Daniel Sorribas

 Fique por dentro de tudo que aconteceu durante os treinamentos dos campeões do Circuito de Tênis Escolar Universitário em Barcelona


Durante os dias 13 a 26 de julho acompanhei um grupo de 40 tenistas brasileiros na Academia Sánchez-Casal em Barcelona. Eles foram os campeões do Circuito de Tênis Escolar Universitário, apresentado pelo Itaú por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte. Os jogadores eram representantes de cinco estados do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia, e venceram as etapas locais da mais famosa competição entre estudantes no território nacional.

Pessoal recebendo os diplomas de treinamento!
 
E eu era uma das coordenadoras dos atletas, que estavam divididos nas categorias juvenis de 12, 14 e 18 anos, além dos universitários, que ganharam como prêmio duas semanas de treinamento nesta prestigiosa academia espanhola, que já teve estrelas como Andy Murray e Svetlana Kuznetsova, juntamente com curso de idiomas. Ao meu lado trabalharam também na coordenação outros três apaixonados pelo tênis Lia Benthien, Wayne Pandolfi e Thiago Schioppa.

Muitas compras nesse dia!

Com 27 quadras de tênis, a academia Sánchez-Casal foi fundada em 1998 pelos espanhóis Emílio Sánchez e Sérgio Casal, que juntos conquistaram medalha de prata na Olimpíada de Seul e o título de duplas em Roland Garros (1990) e no US Open (1988). 

Emílio Sánchez e Sérgio Casal

Esta foi a segunda vez que acompanhei os alunos-atletas do Circuito de Tênis Escolar Universitário, já que tinha feito o mesmo trabalho em 2013. Mas, este ano, fiquei mais atenta no esquema de treinamento da academia e também no curso para professores que fiz lá, ministrado pelo renomado treinador argentino, Daniel Sorribas, que já treinou feras como Guillermo Cañas, ex-número 8 do mundo e há dez anos forma novos professores em Barcelona.

 
O ex-jogador profissional Gustavo Andrade fazia parte do grupo

O sistema de treino da academia é simples, mas muito detalhista. Eles fazem seus jogadores repetirem exercícios conhecidos em vários lugares do mundo, mas priorizam a qualidade e o volume de treinamento. Outra coisa importante, ex-jogadores que tiveram grandes resultados no circuito profissional estão na quadra dando treino diariamente. É muito comum ver treinadores mais velhos em quadra, muito experientes e que já tiveram jogadores top nas mãos. 

Guilherme Bier, campeão da categoria 12 anos (RS)

E eles treinam a todos como se fossem os melhores do mundo. Isso pude perceber na pele já que fazia parte do curso treinar na academia. Então das 8h00 às 10h00 tinha o curso, depois, das 11h30 às 12h30 fazia preparo físico e das 16h00 às 18h00, treino em quadra. Esse era o meu dia a dia lá, porém os tenistas campeões do Escolar Universitário treinavam muito mais, cerca de quatro horas de quadra por dia e mais de duas de preparo físico. Era duro, mas tenho certeza que valeu a pena.

Ruth Souza e Ianka Senna

E os treinadores da academia foram super atenciosos com a gente. Eu não estou mais no circuito há alguns anos, jogo tênis duas vezes por semana e participo de torneios só de vez em quando. Mesmo assim, eles me deram a maior atenção e também a todos os brasileiros, fazendo questão que melhorássemos nosso tênis em duas semanas.

Pessoal no refeitório da academia

Acho que os tenistas do Circuito Escolar Universitário, no geral, aproveitaram a oportunidade e se esforçaram nos treinos, que aconteciam de manhã e a tarde, mas para alguns deles, acredito que poderia ter sido melhor. Deveriam ter aproveitado mais a chance de estar treinando lá, mais focados. E também foi uma oportunidade para que eles se virassem um pouco sozinhos, sem a presença dos pais. Espero que eles tenham refletido sobre isso e numa próxima vez aproveitem mais esta chance. Acho que a gente tem que estar sempre evoluindo e é bom desde pequenos entenderem sobre seus deveres e também quando é a hora de relaxar e curtir. E teve espaço pra isso.

No canal olímpico foi a maior diversão


Tivemos quatro passeios oficiais com a academia, fomos no Canal Olímpico, onde todos puderam fazer atividades aquáticas (como remo, entre outras) e fizemos compras no shopping. Além disso, nos divertimos muito no parque aquático (Water World) e passamos uma tarde na praia. Também, no último dia, levamos o pessoal para passear no centro de Barcelona e conhecerem um pouco mais da cidade.

Passeio no centro de Barcelona!

Nem preciso dizer que adorei a oportunidade, aproveitei muito, o curso, os treinos, os passeios, enfim foi uma ótima experiência, além de ter aprendido um pouco mais com todos que estavam presentes, principalmente com as meninas e meninos do Brasil. Espero que eles tenham gostado também! 

Olha só quem estava batendo uma bola por lá, Garbine Muguruza!

Quero aproveitar para agradecer a todas as pessoas que estiveram comigo nessas duas semanas e também ao Instituto Sports pela oportunidade.

Eu e a querida amiga Lia Benthien treinamos bastante!

E espero que eu esteja lá novamente no próximo ano!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Beach Tennis na Praia da Enseada




Confira como foi Copa Pérola do Atlântico no Guarujá

 

No primeiro final de semana de julho participei do torneio de beach tennis do Guarujá, a 1ª Copa Pérola do Atlântico, próximo ao quiosque Pé na Jaca, na praia da Enseada. Apesar de não estar treinando muito, tive ótimos resultados, fui vice-campeã da categoria mista B com o parceiro Kadu Rodrigues, perdemos na final um jogo super disputado para Regina Kano e Victor Nascimento. Na categoria A feminina, ao lado de Letícia Ferreira, ficamos em terceiro lugar. Então, voltei com dois troféus pra casa.
Kadu Rodrigues e Renata Dias - vice-campeões da categoria Mista B


Pessoal do torneio na Praia da Enseada

Mas, além de falar do torneio de beach tennis, também quero falar um pouco do Guarujá. Eu sempre achei legal ir pra lá desde criança, gosto da cidade que é cheia de opções de lazer, restaurantes e praias bonitas, além de ter uma vida noturna animada. Sinceramente fico chateada quando vejo as notícias sobre a falta de segurança, problemas com praias impróprias, entre outros que acontecem por lá. Então, será que o Guarujá ainda é considerado uma pérola?

A Pérola do Atlântico/ Foto: criacao.com
 Bom, o nome do torneio foi em homenagem a essa cidade que é conhecida como a "Pérola do Atlântico", por causa das suas belas praias e belezas naturais. Muito procurada pelos turistas na alta temporada, o local possui praias urbanizadas (as famosas Astúrias, Pitangueiras, Enseada, Tombo e Pernambuco) e algumas selvagens, de difícil acesso.  É o caso de Éden, Branca, Preta e Camburi, frequentadas pela turma do surf e acessíveis somente por trilhas ou de barco. Eu nunca fui nessas praias, espero conhecer em breve.

Praia Branca/ Guarujá
 Pesquisando na internet, descobri algumas coisas que eu não sabia sobre o Guarujá (além das praias mais selvagens). Lá tem construções históricas interessantes, como o Forte dos Andradas, erguido no topo do Morro do Manduba, no final da praia do Tombo e a Fortaleza da Barra Grande, construída em 1584. E, também, o Forte do Ipanema, de 1638 construído por Torquato Ferreira de Carvalho e que possui oito peças de artilharia. 

Forte do Ipanema/ Foto: Guia Guarujá
Voltando a falar do beach tennis, o final de semana foi muito bom, no domingo até saiu um sol e deu para pegar um bronze de leve. Além disso, o torneio foi muito bem organizado por Fábio Amâncio, que pensou em tudo e deixou os jogadores mais tranquilos, que puderam se divertir sem maiores preocupações. As campeãs da categoria A Feminina foram Cris Melo e Lili Lima (na foto) e as vice-campeãs, Ana Roque (foto) e Ana Cláudia Cruz.

Galera animada para o torneio na praia da Enseada
Eu sei que estamos no inverno, mas mesmo assim, estranhei uma coisa, ver a praia da enseada, a mais extensa da cidade, com sete quilômetros, meio vazia. Normalmente, eu só vou de vez em quando para o Guarujá, no verão, com a cidade abarrotada de gente. Mas, deu pra ver bem como aquele lugar é bonito. 

Praia da enseada/ Foto: Hotel Palmar
 
Realmente o beach tennis é um esporte que deixa a vida das pessoas mais animada e divertida. Além de se esquecer dos problemas e fazer o maior exercício, a gente corre muito naquela areia e fica com o corpo sarado e as pernas lindas. Afinal, tem sempre vários jogos para fazer nos torneios, você se diverte e entra em forma ao mesmo tempo. Bom demais!


E, você também gosta do Guarujá? E já jogou beach tennis por lá?

domingo, 22 de junho de 2014

Fique por dentro dos Jogos Regionais



 
 

Saiba tudo que rolou nesta competição tradicional que já está na 58ª edição!

 

Depois de três dias de bastante espera, frio e alguns jogos de tênis, terminou minha participação na primeira divisão dos jogos regionais, realizados em Osasco. Eu representei a cidade de Santos ao lado de Bárbara Oliveira, Isabella Calves, Victoria Naef e da nossa experiente capitã, Simone Vasconcellos, que já totaliza 35 participações em jogos regionais. Ficamos em terceiro lugar!

Equipe de Santos: Victoria, Isabella, Simone, Eu e a Bárbara

Os jogos regionais acontecem todos os anos, em algumas cidades de São Paulo e é classificatório para os Jogos Abertos. Essa disputa é muito importante para as cidades que contratam atletas de várias modalidades, como vôlei, basquete, futebol, xadrez, atletismo, etc. As competições são realizadas em oito regiões esportivas.
 
Simone, Roxane Vaisemberg e eu (durante a espera para entrar na quadra)
 Os Jogos Regionais tiveram início em 1950, na cidade de Presidente Prudente, com a finalidade da revelação de novos talentos. Mas, hoje em dia as coisas mudaram e as cidades querem mesmo é ganhar e contratar os melhores atletas. Curiosidade: Santos é a cidade que mais ganhou os Jogos Abertos do Interior, com 26 títulos, seguida por São Caetano do Sul, com 15 troféus e Santo André, com 12.
As equipes das cidades participantes costumam ficar em alojamentos, em escolas municipais ou estaduais durante os jogos. Então, o pessoal dorme nas salas de aulas em beliches ou em colchões. Lá também servem s refeições e eles tentam deixar as modalidades individuais juntas no quarto para não dar problema, por causa das diferenças dos horários dos jogos (por exemplo, a equipe de tênis normalmente joga de manhã e precisa acordar cedo, futebol, à noite e dorme tarde). Usar o banheiro pode ser complicado, às vezes o chuveiro fica num lugar ruim e não tem porta...

Tsuchyia ganhou um jogo duríssimo contra o argentino Estevez que garantiu a taça para São Bernardo/ Inovafoto
Desta vez, tudo começou no feriado, dia 19 de junho. Estava um friozinho de uns 15 graus no Clube Floresta em Osasco e nosso jogo tinha sido marcado para as 10h30. Bom, eu cheguei uma hora antes para poder fazer meu aquecimento, mas para a minha surpresa o responsável em trazer as bolas e o material necessário para o jogo ainda não havia aparecido.  Então a primeira rodada, que era às 9h00, já estava atrasada.

Como não consegui fotos boas dos meus jogos, vou deixar esta do João Pires, do Itaú Master Tour
Duas quadras de saibro foram usadas para os confrontos, sendo uma por cidade. Isso significa que, como eram no mínimo duas simples por cidade e se empatasse 1x1 tinha dupla, a rodada poderia atrasar muito mais. E foi o que aconteceu. O responsável pelo material chegou às 10h30, os jogos foram duríssimos e decididos apenas na dupla. Resultado: entramos em quadra às 17h00. Na verdade, eu entrei só umas 18h00, porque joguei como número dois do time, então depois de minha parceira Bárbara.

Ana Clara Duarte No. 552 da WTA acabou perdendo no super tie-break para Laura Pigossi na final/ Foto: Divulgação
Ganhamos rápido neste dia, o jogo foi contra Praia Grande. Mas, no dia seguinte enfrentamos o time da casa, Osasco, que veio como uma equipe forte. Eles contrataram a 248ª do mundo, a brasileira Laura Pigossi, duas argentinas, a 487ª da WTA, Carolina Zeballos e a No. 531, Guadalupe Perez Rojas e a ex-top 70 Dadá Vieira, e duas jogadoras do circuito ITF, também do Brasil, Suellen Abel e Laura Cardone. Devem ter gasto uma grana com este time... Mas, valeu a pena foram campeãs...


Laura Pigossi foi campeã pela equipe de Osasco/ Foto: Divulgação
Então, perdemos na semifinal contra Osasco, minha parceira jogou contra a Pigossi e eu enfrentei a Zeballos, até que joguei bem, mas não deu, ela está muito mais treinada e jogando melhor do que eu, perdi de 6/3 e 6/2. No domingo, teve a disputa de terceiro e quarto lugar contra o Guarujá e novamente vencemos. A equipe de São Bernardo formada por Ana Clara Duarte e Roxane Vaisemberg, ficou em segundo lugar.

Nicolas Santos foi número 2 do mundo como juvenil/ Foto: Divulgação
No Masculino, uma surpresa. A equipe de Osasco considerada favorita (e com um time que também deve ter sido bem caro formado pelo argentino No. 484, Maximiliano Estevez e pelos pros brasileiros Marcos Dias e Rodrigo Grilli) perdeu na semifinal para São Bernardo, que acabou sendo a equipe campeã, com Nicolas Santos e Alexandre Tsuchiya, 775º da ATP.
Nicolas Santos e Alexandre Tsuchyia: campeões da categoria masculina!
Agora só resta esperar para ver se vai sobrar uma vaguinha pra gente para os Jogos Abertos do Interior, que acontecem em Bauru em novembro deste ano. Vamos torcer!