Thomaz Bellucci/ Foto: Cristiano Andujar
Acompanhe como foi a histórica vitória da equipe brasileira na Copa Davis que marcou o retorno do país a elite mundial do tênis
Foi uma grande emoção assistir aos jogos do
Brasil na Copa Davis. A equipe formada por Thomaz Bellucci, Rogério Dutra
Silva, Bruno Soares e Marcelo Melo deu um show dentro e fora da quadra e acabou
vencendo o forte time da Espanha por 3x1 pelos playoffs do Grupo Mundial
da Copa Davis.
Equipe brasileira comemorando a vitória/ Foto: Cristiano Andujar |
Só teve uma coisa que me chamou muita
atenção. O estádio do Ibirapuera estava com vários lugares vazios. Também com
os preços dos ingressos... Olha só: anel inferior, R$ 300 por dia e anel
superior, R$ 130. No domingo, resolveram em cima da hora fazer uma promoção,
então o anel superior custou R$ 80 e o anel inferior, R$ 180.
Marcelo Melo (duplista top 5 ATP)/ Foto: Cristiano Andujar |
Acho que a Copa Davis é uma competição em que o apoio da torcida é muito importante. Uma ideia seria dar alguns ingressos para clubes e academias ou fazer a preços mais baratos para este público direcionado. Deveria haver um incentivo maior para as pessoas irem ver os jogos.
Bellucci/ Foto: Cristiano Andujar |
Na verdade tudo começou com muita polêmica na
Copa Davis. O capitão João Zwetsch não convocou o segundo melhor jogador
brasileiro, o número 103º do mundo, João Souza, o Feijão e no lugar dele
colocou Rogério Dutra Silva, 201º da ATP. Logicamente, Feijão ficou muito
irritado por ficar de fora do time e imagino que agora deve estar mais ainda
por não ter participado deste importante capítulo da história do tênis
nacional.
João Zwetsch e Bellucci/ Foto: Cristiano Andujar |
Mas, discussões a parte, a verdade foi que a
equipe do Brasil mostrou muita garra, força de vontade e coragem em quadra.
Mesmo sem Rafael Nadal e David Ferrer, o time da Espanha era fortíssimo. No
primeiro dia de confrontos, Rogerinho acabou não conseguindo apresentar seu
melhor tênis e caiu em três rápidos sets contra o 15º do mundo, Roberto
Bautista Agut, 6/0, 6/1 e 6/3.
Rogerinho/ Foto: Marcello Zambrana |
No confronto seguinte, quando tudo parecia
estar perdido, Bellucci (83º do ranking da ATP), virou uma partida de maneira espetacular
contra Pablo Andujar (44º) no quinto set, com parciais de 3/6, 6/7 (8), 6/4,
7/5 e 6/3. Isso levantou a equipe e acalmou um pouco os ânimos das criticas
contra o capitão e a CBT pela convocação da equipe.
No sábado, a incrível dupla top 10 formada por Bruno
Soares e Marcelo Melo foi pra cima com tudo dos espanhóis Marc López e David
Marrero, com uma excelente vitória por 6/3, 7/5 e 7/5. Nesse momento, as
pessoas começaram a pensar que o Brasil poderia mesmo bater a Espanha. Porém,
ficava aquela dúvida: “será que o Bellucci vai conseguir aguentar a pressão e
jogar tudo que sabe e mais um pouco para derrotar um tenista número 15 do
mundo?”
Melo e Soares/ Foto: EFE |
Bellucci/ Foto: Cristiano Andujar |
Bellucci, que já foi 21 do mundo, ainda disse emocionado após o jogo: “Só
Deus sabe o quanto era importante para mim esse jogo. O quanto eu treinei. As
vitórias só vem depois de muitas derrotas. Foi um dos dias mais emocionantes da
minha carreira”. E ele tem razão, jogar tênis profissional é muito duro e
difícil e muitas pessoas que estão ligadas ao esporte parecem não entender isso
e sempre criticam o tênis nacional.
Roberto Bautista Agut/ Foto: Cristiano Andujar |
O tenista passa a vida inteira treinando e às
vezes tem só uma boa temporada na carreira. Pode acontecer. Às vezes só tem uma
semana. Nesse esporte não existe salário fixo, se você está numa fase ruim e
começa a perder muito, não ganha dinheiro e pronto. Tem que dar um jeito de
seguir em frente.
Bruno dando autógrafos/ Foto: Cristiano Andujar |
Então, eu só quero parabenizar toda a equipe
brasileira. Parabéns Bellucci, Rogerinho, Bruno e Marcelo e o capitão Zwetsch!
Espero que Bellucci volte a ter grandes resultados como esse e que os demais
também sigam vencendo!
Comemoração da equipe/ Foto: Cristiano Andujar |
E que este resultado sirva de incentivo aos
outros jogadores brasileiros que estão no circuito. Muitas vezes sem apoio,
eles seguem com confiança, garra e força de vontade! Vamos em frente!
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