Como foi jogar a Universíade em Izmir, na Turquia, representando o Brasil ao lado de meus amigos!
Foi no ano de 2005. Universiade de Izmir. Este foi um ano
muito importante para mim, pois eu resolvi voltar a treinar e a jogar tênis
profissional, incentivada pelo título universitário que garantiu minha vaga
para representar o país na Universiade de Izmir, na Turquia.
Eu e a Bianca Catay na cerimônia de Abertura dos Jogos! |
As olimpíadas universitárias, Universíades, acontecem a cada
dois anos. Para participar das Universíades os atletas devem ter entre17 e 28
anos, além de estar regularmente matriculados em uma universidade.
Esta foi minha segunda participação nas olimpíadas
universitárias. Como havia dito em outro post, eu fiz dois cursos na faculdade,
de Jornalismo e de Educação Física. Eu sempre tive curiosidade de conhecer a
Turquia, por causa da dança do ventre e de todas aquelas bijuterias lindas.
As compras em Izmir foram demais! |
Fomos para lá numa época complicada, tiveram alguns
atentados terroristas pelo mundo, então a segurança na vila dos atletas era
sempre reforçada. Fomos aconselhados a não sair sozinhos sem a camiseta do
Brasil, por questões de segurança. Mas, foi tudo tranqüilo, sem maiores
problemas.
Vila dos Atletas em Izmir |
Os jogos foram difíceis, como da outra vez quando jogamos na
Coréia do Sul e não fomos bem... Mas, tivemos a experiência de grandes partidas
e pudemos conhecer um pouco deste país tão diferente do nosso, em que a
religião predominante é a islâmica.
Havia várias mesquitas na cidade. Nós ficamos muito curiosos
para conhecer e decidimos entrar em uma delas. Eu cheguei primeiro. Estava de
shorts e blusa regata. Já na entrada um senhor fez com que eu colocasse uma
saia comprida, um véu e uma jaqueta para poder entrar. Entrando na mesquita
todos estava rezando, se ajoelhando e depois nos davam um pão (não lembro
por que).
Depois que eu já estava lá dentro, chegaram meus dois amigos, o
Orlando Rosa e a Bianca Catay. Começaram a rir muito comigo com aquelas roupas
e com o pão na mão. (dá uma olhada na foto) Foi muito divertido!
Eu tive que colocar roupas adequadas para entrar na Mesquita
|
Andamos em vários locais da cidade. Compramos muitas
bugigangas turcas, colares, anéis, brincos, olho grego (para espantar o mau olhado),
artesanato. Quando andávamos pelas ruas com as camisas do Brasil, todos falavam
nomes de jogadores de futebol e davam o maior sorriso (que bom)...
Tivemos também dois dias de passeios. Em um deles fomos para
Ephesus, considerada uma das maiores áreas reconstruídas do mundo antigo, a
região também abrigou figuras históricas como Cleópatra, Marco Antônio, a
Virgem Maria e o apóstolo João. No outro dia, fizemos um cruzeiro para ilhas
turcas. A água era linda, cristalina, azul, mas não tinha nada na praia, não
tinha pessoas vendendo nada, nem bagunça e barulho. O passeio foi bem divertido
e até encontramos uma cabra em uma das ilhas...
Ephesus/Foto: Royal Caribbean |
Como sempre teve o “change” (as trocas de roupas e
acessórios que fazíamos com pessoas de outros países), só que dessa vez fomos
mais preparados e já tínhamos experiência para fazer ótimos negócios
(aprendemos com um integrante da nossa equipe que não estava presente nessa
viagem)...
Da esq. para dir.:Orlando Rosa/Bianca Catay/Renata Dias/Henrique Mello |
Bom, essa foi uma viagem muito divertida! O tênis realmente é um esporte que traz grandes oportunidades de conhecer novas culturas e diferentes países e pessoas!