quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Tênis: As Aventuras de Renata em Izmir, Turquia




Como foi jogar a Universíade em Izmir, na Turquia, representando o Brasil ao lado de meus amigos!


Foi no ano de 2005. Universiade de Izmir. Este foi um ano muito importante para mim, pois eu resolvi voltar a treinar e a jogar tênis profissional, incentivada pelo título universitário que garantiu minha vaga para representar o país na Universiade de Izmir, na Turquia.
Eu e a Bianca Catay na cerimônia de Abertura dos Jogos!

As olimpíadas universitárias, Universíades, acontecem a cada dois anos. Para participar das Universíades os atletas devem ter entre17 e 28 anos, além de estar regularmente matriculados em uma universidade.

Esta foi minha segunda participação nas olimpíadas universitárias. Como havia dito em outro post, eu fiz dois cursos na faculdade, de Jornalismo e de Educação Física. Eu sempre tive curiosidade de conhecer a Turquia, por causa da dança do ventre e de todas aquelas bijuterias lindas.
As compras em Izmir foram demais!


Fomos para lá numa época complicada, tiveram alguns atentados terroristas pelo mundo, então a segurança na vila dos atletas era sempre reforçada. Fomos aconselhados a não sair sozinhos sem a camiseta do Brasil, por questões de segurança. Mas, foi tudo tranqüilo, sem maiores problemas.

Vila dos Atletas em Izmir

Os jogos foram difíceis, como da outra vez quando jogamos na Coréia do Sul e não fomos bem... Mas, tivemos a experiência de grandes partidas e pudemos conhecer um pouco deste país tão diferente do nosso, em que a religião predominante é a islâmica.


Havia várias mesquitas na cidade. Nós ficamos muito curiosos para conhecer e decidimos entrar em uma delas. Eu cheguei primeiro. Estava de shorts e blusa regata. Já na entrada um senhor fez com que eu colocasse uma saia comprida, um véu e uma jaqueta para poder entrar. Entrando na mesquita todos estava rezando, se ajoelhando e depois nos davam um pão (não lembro por que). 
Depois que eu já estava lá dentro, chegaram meus dois amigos, o Orlando Rosa e a Bianca Catay. Começaram a rir muito comigo com aquelas roupas e com o pão na mão. (dá uma olhada na foto) Foi muito divertido!

Eu tive que colocar roupas adequadas para entrar na Mesquita

Quem sabe um dia eu caso assim...

Andamos em vários locais da cidade. Compramos muitas bugigangas turcas, colares, anéis, brincos, olho grego (para espantar o mau olhado), artesanato. Quando andávamos pelas ruas com as camisas do Brasil, todos falavam nomes de jogadores de futebol e davam o maior sorriso (que bom)...



Tivemos também dois dias de passeios. Em um deles fomos para Ephesus, considerada uma das maiores áreas reconstruídas do mundo antigo, a região também abrigou figuras históricas como Cleópatra, Marco Antônio, a Virgem Maria e o apóstolo João. No outro dia, fizemos um cruzeiro para ilhas turcas. A água era linda, cristalina, azul, mas não tinha nada na praia, não tinha pessoas vendendo nada, nem bagunça e barulho. O passeio foi bem divertido e até encontramos uma cabra em uma das ilhas...

Ephesus/Foto: Royal Caribbean

Como sempre teve o “change” (as trocas de roupas e acessórios que fazíamos com pessoas de outros países), só que dessa vez fomos mais preparados e já tínhamos experiência para fazer ótimos negócios (aprendemos com um integrante da nossa equipe que não estava presente nessa viagem)...

Da esq. para dir.:Orlando Rosa/Bianca Catay/Renata Dias/Henrique Mello













Bom, essa foi uma viagem muito divertida! O tênis realmente é um esporte que traz grandes oportunidades de conhecer novas culturas e diferentes países e pessoas!



terça-feira, 22 de outubro de 2013

Final de semana longe da balada

Esse final de semana foi agitado com caminhada ecológica e participação na corrida de 5 km no centro de São Paulo!


Meu final de semana, foi um final de semana diferente, sem balada e festas. Foi o final de semana da caminhada e corrida. Sim, sábado fui numa caminhada ecológica e domingo, na corrida de 5 km do McDonald’s para mulheres realizada no centro de São Paulo.

Eu na entrada do núcleo Águas Claras


A caminhada ecológica no sábado foi até o Parque Estadual da Cantareira. Estava com um grupo de amigos e entramos pelo núcleo Águas Claras, na Serra da Cantareira. Chegamos no parque em torno de 10h30 da manhã e voltamos apenas às 13h30. Caminhamos até a pedra grande, um lugar com uma vista incrível de São Paulo e acabamos saindo em outro núcleo do parque, o da Pedra Grande, no Horto Florestal. Foi cansativo, mais de 5 km, mas valeu a pena!



Com o tamanho equivalente a 8.000 campos de futebol, o Parque Estadual da Cantareira é a maior floresta urbana nativa do mundo. A área começou a ser formada há mais de cem anos, com a desapropriação de fazendas de café, chá e cana-de-açúcar que a ocupavam. O nome Cantareira foi dado a Serra pelos tropeiros que a atravessavam, pois aqui havia grande quantidade de nascentes e córregos. Na época, armazenava-se a água em cântaros, grandes jarros ou vasos, que, por sua vez, eram guardados em prateleiras chamadas cantareiras (interessante, eu não sabia disso...)
A Pedra Grande fica a 1.010 m de altitude.



Lá é possível encontrar animais como o macaco-bugio, veado-mateiro, bicho-preguiça, gato-do-mato e jaguatirica, entre outros . No parque (no Núcleo Águas Claras) já se registrou até mesmo a presença de suçuarana (a onça-parda).





Na trilha da Pedra Grande
















Depois, no dia seguinte, no domingo, veio a novidade. Minha primeira participação em uma corrida de rua. Apesar de ter jogado torneios de tênis por muitos anos, nunca tinha competido em uma corrida. Fui convencida por uma grande amiga minha a participar deste evento no centro de São Paulo.

Da esq. p dir. Jenifer Bueno/Bianca Catay e Simone Correa



Participei da M5K – Mulheres em Movimento, que já foi realizado em 15 países e 19 cidades e que tem como objetivo celebrar a mulher e incentivar um estilo de vida saudável. Este é o terceiro ano consecutivo da prova. No Brasil as corridas foram realizadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba.

Fui com mais três amigas de metrô e descemos na estação São Bento. Chegando lá, tinham muitas mulheres, muitas mesmo (como tem mulher nesse mundo). Na largada começou a tocar a música “Show das poderosas”, como vocês podem ver no vídeo abaixo. E todas ficaram muito animadas...



Durante o percurso de 5 km, passamos por locais históricos do centro de São Paulo, o Pátio do Colégio,Viaduto do Chá, Largo do São Bento, Mosteiro de São Bento, Teatro Municipal, lugares que a gente quase nem presta atenção na correria do dia-dia, mas que são lindos e dão um charme especial a São Paulo.

No Viaduto do Chá


A vencedora correu a prova em 18 minutos e 33 segundos e eu corri em pouco mais de 31 minutos... ta bom pra quem não treina tanto assim...



                                     




Bom, esse foi meu final de semana diferente... E você já participou de alguma corrida de rua? Ou de caminhada ecológica? 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Tênis: As aventuras de Renata na Universiade de Daegu

Cerimônia de abertura dos jogos em Daegu

Disputei duas vezes as Universiades, olimpíadas universitárias, em 2003, na Coréia do Sul e em 2005, na Turquia. 


Hoje vou falar de uma das minhas melhores recordações como jogadora na época de faculdade, ter participado das Universiades, jogos mundiais universitários. Eu sempre gostei muito de estudar. Então, resolvi unir o útil ao agradável e fiz dois cursos na Uni Sant`Anna, centro universitário que gentilmente me concedeu bolsas de estudo (porque eu era da equipe de tênis), quase que sempre integrais, nos cursos de Jornalismo e Educação Física.



É isso mesmo que vocês estão pensando. Eu fiquei mais de 8 anos na faculdade, contando com as adaptações que fiz, porque tranquei por um período para viajar para alguns torneios. Foi um período muito legal na minha vida, espero voltar a estudar em breve.

Mascote da competição


Durante a faculdade nós tínhamos uma equipe que disputava os torneios da liga universitária de tênis. E a cada dois anos tinham estas olimpíadas universitárias, a Universiade, que era realizada normalmente em algum país da Ásia ou Europa.

Oitenta atletas brasileiros participam em agosto, em Daegu, na Coréia do Sul, da Universíade 2003 e eu fazia parte deles. A Universiade é a maior competição esportiva universitária do mundo. Naquele ano, os jogos reunirão 4.600 atletas de 165 países.

Na hora do embarque encontramos Serginho Malandro. Na foto: Serginho, Rafael Kompatscher, Jair Montovani, Bianca Catay e Renata Dias

As Universiades, combinação das palavras Universidades e Olimpíada,  acontecem duas vezes no ano. São as Universiades de Inverno e as de Verão, sendo esta última a mais concorrida da temporada.

O Brasil já tem tradição de participação nesses jogos universitários. Na competição de Pequim, em 2001, Maureen Maggi levou a medalha de ouro, e a seleção brasileira de futebol feminino, sagrou-se campeã mundial. Para participar das Universíades os atletas devem ter entre17 e 28 anos, além de estar regularmente matriculados em uma universidade.

Eu e alguém fingindo ser uma estátua na frente da entrada do estádio de tênis


Em Daegu, a edição teve esportes como: atletismo, basquete, esgrima, ginástica rítmica e artística, natação, saltos ornamentais, pólo aquático, tênis, vôlei, futebol, taekwondo, judô e arco e flecha.

Esta foi minha primeira oportunidade de participar desta competição. E essa foi, sem dúvida, a viagem para torneios mais divertida da minha vida. Para se classificar, eu fui vice-campeã brasileira universitária. A princípio iriam apenas os finalistas, mas, depois, acabou indo quem chegou até a semi também, porque naquele ano, o Brasil levou apenas os atletas das modalidades individuais.


Eu ao lado de várias comidas diferentes em Daegu

Nós estávamos em oito brasileiros na equipe de tênis, então sempre tinha companhia de alguém. Essa também foi a viagem mais longa da minha vida. Saímos de São Paulo, depois fizemos escala nos EUA, depois outra escala no Japão (dormimos uma noite em Nagoya), e enfim Seul, na Coréia. Mais de um dia, mas valeu a pena... Chegando lá ainda pegamos um ônibus para Daegu, que tinha uma decoração diferente...  

Decoração bem peculiar dos ônibus em Daegu. Na foto: Renato Messias, Renata Dias, Orlando Rosa e Bianca Catay

Fomos muito bem tratados na Coréia do Sul. Apesar da cultura ser muito diferente da nossa, até torcidinha uniformizada a gente tinha, que ficava gritando “we love you” e fazia coração com os braços (como dá para ver na foto). A vila dos atletas era outra coisa incrível em Daegu. Muito bem organizada, cada país tinha seu prédio, a praça de alimentação também era super legal. Toda noite também tinha uma baladinha, mas terminava cedo, claro né gente... 





Durante jantar oferecido a delegação brasileira

Uma coisa sobre a comida eu preciso contar. Se eu comi carne de cachorro passou desapercebido, se bem que eu tenho vaga lembrança de provar o bulldog burguer hahaha. Eu experimentava de tudo na vila e também comi várias coisas diferentes num jantar oferecido para a nossa delegação. Mas, tinha bastante comida estranha por lá... Outra curiosidade: em vários lugares que a gente ia, o banheiro era um buraco no chão hahaha...






Eu lembro até da música que foi tocada neste jantar, Unchained Melody, dá uma olhada nessa versão que eu achei..

                              Imaginem só se a gente tivesse ido na época do Gangnam Style?                                       

E tinha uma coisa muito importante, que não posso esquecer de falar, o “change”. A gente tentava trocar de tudo na viagem com pessoas de outros países. Camisetas, bonés, casacos, enfim, tudo era motivo para correr atrás do change. Tinha até um membro da nossa equipe que não vou citar o nome que era profissional nisso...

Teve até o dia de passeio, fomos ver os templos budistas

Infelizmente, não fomos muito bem nos jogos. Este torneio tinha um nível muito elevado, com cabeças de chave entre os 100, 200 do mundo, mas fizemos boas partidas...

Máscaras coreanas


Bom, vou deixar este post por aqui, no próximo falo sobre como foi em Izmir, na Turquia


E você também já disputou alguma Universiade?


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Essa minha vida agitada de eventos


A correria e agitação dos eventos que muita gente não consegue ficar longe...



Já faz tempo que eu não escrevo para meu blog. O motivo principal foi porque eu estava trabalhando num evento, um torneio de tênis em São Paulo. Estava esperando terminar para poder escrever dessa agitação gostosa e às vezes cansativa dos eventos que trabalho.

Bom, vou começar falando sobre a organização. Normalmente, a empresa organizadora começa a trabalhar bem antes para fazer o evento. Os patrocínios são procurados com muita antecedência, às vezes até um ano antes ou mais. Depois que tiver a verba, a empresa precisa ir atrás do clube que será a sede do torneio, contratar todos os serviços, transporte, alimentação, fazer a arquibancada, ver como será feita a tenda para abrigar todos envolvidos no evento, organização, árbitros, juízes de linha, diretor do torneio, médico e fisioterapeuta, imprensa etc.

                                                      Foto Tenda da Organização: João Pires

Eu trabalhei na parte da organização. Meu trabalho era fazer as reservas no hotel, do staff, árbitros e jogadores, conferir para ver se todos ficavam no período correto (os jogadores podem ficar mais ou menos tempo, dependendo quantos jogos ganham) e assim, garantir que tudo fique dentro do budget. Também fazia o Prize Money (premiação dos jogadores, que era de acordo com q rodada que chegavam) e também ajudava em outras coisas, tudo que precisasse. O pessoal da organização sempre é o primeiro a chegar e o último a sair, então precisa ter o maior pique...

 As pessoas que trabalham com eventos normalmente são animadas e divertidas. Todos se conhecem e costumam manter o bom relacionamento, apesar de pequenos desentendimentos acontecerem às vezes. Eu gosto muito de trabalhar com pessoas, porque normalmente cada um tem uma história de vida diferente para contar e algo novo para ensinar. Eu sempre aprendo muito com as pessoas nos eventos que trabalho, pois convivo com todos os níveis (sociais) e nacionalidades diferentes também, pois tem sempre jogadores e árbitros de outros países.

O pessoal que divide a sala comigo, acaba participando intensamente da minha vida. São muitas horas juntos e muitos dias, então acaba sendo como pessoas da sua família. Como normalmente o evento começa às 9h e vai até às 22h, dividimos  muitas coisas da vida, escutamos nossas músicas favoritas e até combinamos uma baladinha, quando não estamos tão cansados. Dentro do grupo, sempre tem os mais agitados que quando chegam nos lugares já sabem onde ir e curtir a noite e, tem aqueles que, assim como eu, normalmente vão embora de táxi mais cedo da balada, por causa do sono...




Bom, eu falo que fico cansada desses eventos, mas não consigo viver longe deles... E você, também já trabalhou em algum evento? Conta pra gente...