terça-feira, 10 de dezembro de 2013

As novas aventuras de Renata no Beach Tennis

Janaina Armani, Luciene Muro, Ida Alvares e Renata Dias

Comecei a praticar o beach tennis, o esporte que é a cara do verão, mas que veio para ficar!



Durante os dias 6 a 8 de dezembro, disputei meu primeiro torneio de beach tennis. Depois de jogar duas vezes na semana passada no Clube Espéria, fiquei muito empolgada e resolvi jogar um torneio em Boiçucanga (litoral norte, a 170km de São Paulo), incentivada por meus amigos do clube. Já tinha até um parceiro para a categoria A (avançada, logo de cara, quem diria...) e arrumei uma outra parceira para a categoria B (intermediária).

Linda praia de Boiçucanga - sede dos jogos

Foi muito divertido. Apesar dos resultados não terem sido dos melhores, adorei estar na praia com meus amigos, com música animada, correndo bastante na areia atrás da bolinha, curtindo o visual daquele lugar.

Normalmente temos uma vida corrida e agitada em São Paulo, cheia de contratempos, situações que às vezes não queremos enfrentar, mas temos que ter calma e sempre ver o lado bom das coisas, enfim... Uma vida que pode ser estressante. Então, o beach tennis tem essa energia positiva que acaba entrando de vez no seu dia-dia. A alegria do lugar e das pessoas é contagiante e não tem como você ficar fora dessa.

Katia Agostinho e Maria Adelaide Catay (Lalita)
Equipe de duplas mistas

Claro que há muitos benefícios para o corpo que uma atividade física pode proporcionar. Melhora o condicionamento geral e também, ficar correndo naquela areia dá um “up” no visual, deixando as pernas tonificadas e com um bronzeado lindo. Vai dar para arrasar no verão (principalmente para nós mulheres que adoramos trabalhar os membros inferiores)!

Bom, voltando a falar do torneio de beach tennis, os jogos acontecem de sexta-feira a domingo. Na sexta, geralmente são as categorias de simples e de duplas mistas. No sábado, as categorias de duplas femininas e masculinas e no domingo, as duplas por idades. Além das categorias A, B e C, tem a profissional também.

 Apesar dos tenistas virem de um esporte parecido, é necessário uma adaptação com esse jogo na praia. A rede é mais alta (1,70m) do que a da quadra de tênis e a bola (que é a laranja com 50% da velocidade da bola amarela) não pode pingar, isso faz com o jogador tenha que se movimentar muito na areia. O jogo é rápido, só tem um saque, é disputado em um set até seis ou até oito games sem vantagem, dependendo da rodada. Então, cada ponto é muito importante.

Thiago Biagi/Crédito:Luiz Henrique


Uma dica bem útil é ter uma botinha (daquelas de mergulho) para proteger os pés da areia, quando está muito sol. Quando esquenta muito, os pés começam a queimar e é impossível jogar. Eu percebi isso no meio do torneio, não conseguia correr naquela areia quente... Por sorte, consegui uma meia emprestada e continuei jogando...

Outra coisa, esse esporte aproxima as pessoas. O grupo fica muito unido, em que todos estão sempre alegres e de bem com a vida. Você acaba esquecendo dos problemas e entrando no clima! Fora que todo mundo pode jogar. É mais fácil que muitos outros esportes e os jogos são quase sempre muito equilibrados!

Turma animada do Clube Espéria


Bom, vou começar a treinar para aprender um pouco mais. E você, já jogou beach tennis?


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Tênis: As Aventuras de Renata em Izmir, Turquia




Como foi jogar a Universíade em Izmir, na Turquia, representando o Brasil ao lado de meus amigos!


Foi no ano de 2005. Universiade de Izmir. Este foi um ano muito importante para mim, pois eu resolvi voltar a treinar e a jogar tênis profissional, incentivada pelo título universitário que garantiu minha vaga para representar o país na Universiade de Izmir, na Turquia.
Eu e a Bianca Catay na cerimônia de Abertura dos Jogos!

As olimpíadas universitárias, Universíades, acontecem a cada dois anos. Para participar das Universíades os atletas devem ter entre17 e 28 anos, além de estar regularmente matriculados em uma universidade.

Esta foi minha segunda participação nas olimpíadas universitárias. Como havia dito em outro post, eu fiz dois cursos na faculdade, de Jornalismo e de Educação Física. Eu sempre tive curiosidade de conhecer a Turquia, por causa da dança do ventre e de todas aquelas bijuterias lindas.
As compras em Izmir foram demais!


Fomos para lá numa época complicada, tiveram alguns atentados terroristas pelo mundo, então a segurança na vila dos atletas era sempre reforçada. Fomos aconselhados a não sair sozinhos sem a camiseta do Brasil, por questões de segurança. Mas, foi tudo tranqüilo, sem maiores problemas.

Vila dos Atletas em Izmir

Os jogos foram difíceis, como da outra vez quando jogamos na Coréia do Sul e não fomos bem... Mas, tivemos a experiência de grandes partidas e pudemos conhecer um pouco deste país tão diferente do nosso, em que a religião predominante é a islâmica.


Havia várias mesquitas na cidade. Nós ficamos muito curiosos para conhecer e decidimos entrar em uma delas. Eu cheguei primeiro. Estava de shorts e blusa regata. Já na entrada um senhor fez com que eu colocasse uma saia comprida, um véu e uma jaqueta para poder entrar. Entrando na mesquita todos estava rezando, se ajoelhando e depois nos davam um pão (não lembro por que). 
Depois que eu já estava lá dentro, chegaram meus dois amigos, o Orlando Rosa e a Bianca Catay. Começaram a rir muito comigo com aquelas roupas e com o pão na mão. (dá uma olhada na foto) Foi muito divertido!

Eu tive que colocar roupas adequadas para entrar na Mesquita

Quem sabe um dia eu caso assim...

Andamos em vários locais da cidade. Compramos muitas bugigangas turcas, colares, anéis, brincos, olho grego (para espantar o mau olhado), artesanato. Quando andávamos pelas ruas com as camisas do Brasil, todos falavam nomes de jogadores de futebol e davam o maior sorriso (que bom)...



Tivemos também dois dias de passeios. Em um deles fomos para Ephesus, considerada uma das maiores áreas reconstruídas do mundo antigo, a região também abrigou figuras históricas como Cleópatra, Marco Antônio, a Virgem Maria e o apóstolo João. No outro dia, fizemos um cruzeiro para ilhas turcas. A água era linda, cristalina, azul, mas não tinha nada na praia, não tinha pessoas vendendo nada, nem bagunça e barulho. O passeio foi bem divertido e até encontramos uma cabra em uma das ilhas...

Ephesus/Foto: Royal Caribbean

Como sempre teve o “change” (as trocas de roupas e acessórios que fazíamos com pessoas de outros países), só que dessa vez fomos mais preparados e já tínhamos experiência para fazer ótimos negócios (aprendemos com um integrante da nossa equipe que não estava presente nessa viagem)...

Da esq. para dir.:Orlando Rosa/Bianca Catay/Renata Dias/Henrique Mello













Bom, essa foi uma viagem muito divertida! O tênis realmente é um esporte que traz grandes oportunidades de conhecer novas culturas e diferentes países e pessoas!



terça-feira, 22 de outubro de 2013

Final de semana longe da balada

Esse final de semana foi agitado com caminhada ecológica e participação na corrida de 5 km no centro de São Paulo!


Meu final de semana, foi um final de semana diferente, sem balada e festas. Foi o final de semana da caminhada e corrida. Sim, sábado fui numa caminhada ecológica e domingo, na corrida de 5 km do McDonald’s para mulheres realizada no centro de São Paulo.

Eu na entrada do núcleo Águas Claras


A caminhada ecológica no sábado foi até o Parque Estadual da Cantareira. Estava com um grupo de amigos e entramos pelo núcleo Águas Claras, na Serra da Cantareira. Chegamos no parque em torno de 10h30 da manhã e voltamos apenas às 13h30. Caminhamos até a pedra grande, um lugar com uma vista incrível de São Paulo e acabamos saindo em outro núcleo do parque, o da Pedra Grande, no Horto Florestal. Foi cansativo, mais de 5 km, mas valeu a pena!



Com o tamanho equivalente a 8.000 campos de futebol, o Parque Estadual da Cantareira é a maior floresta urbana nativa do mundo. A área começou a ser formada há mais de cem anos, com a desapropriação de fazendas de café, chá e cana-de-açúcar que a ocupavam. O nome Cantareira foi dado a Serra pelos tropeiros que a atravessavam, pois aqui havia grande quantidade de nascentes e córregos. Na época, armazenava-se a água em cântaros, grandes jarros ou vasos, que, por sua vez, eram guardados em prateleiras chamadas cantareiras (interessante, eu não sabia disso...)
A Pedra Grande fica a 1.010 m de altitude.



Lá é possível encontrar animais como o macaco-bugio, veado-mateiro, bicho-preguiça, gato-do-mato e jaguatirica, entre outros . No parque (no Núcleo Águas Claras) já se registrou até mesmo a presença de suçuarana (a onça-parda).





Na trilha da Pedra Grande
















Depois, no dia seguinte, no domingo, veio a novidade. Minha primeira participação em uma corrida de rua. Apesar de ter jogado torneios de tênis por muitos anos, nunca tinha competido em uma corrida. Fui convencida por uma grande amiga minha a participar deste evento no centro de São Paulo.

Da esq. p dir. Jenifer Bueno/Bianca Catay e Simone Correa



Participei da M5K – Mulheres em Movimento, que já foi realizado em 15 países e 19 cidades e que tem como objetivo celebrar a mulher e incentivar um estilo de vida saudável. Este é o terceiro ano consecutivo da prova. No Brasil as corridas foram realizadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba.

Fui com mais três amigas de metrô e descemos na estação São Bento. Chegando lá, tinham muitas mulheres, muitas mesmo (como tem mulher nesse mundo). Na largada começou a tocar a música “Show das poderosas”, como vocês podem ver no vídeo abaixo. E todas ficaram muito animadas...



Durante o percurso de 5 km, passamos por locais históricos do centro de São Paulo, o Pátio do Colégio,Viaduto do Chá, Largo do São Bento, Mosteiro de São Bento, Teatro Municipal, lugares que a gente quase nem presta atenção na correria do dia-dia, mas que são lindos e dão um charme especial a São Paulo.

No Viaduto do Chá


A vencedora correu a prova em 18 minutos e 33 segundos e eu corri em pouco mais de 31 minutos... ta bom pra quem não treina tanto assim...



                                     




Bom, esse foi meu final de semana diferente... E você já participou de alguma corrida de rua? Ou de caminhada ecológica? 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Tênis: As aventuras de Renata na Universiade de Daegu

Cerimônia de abertura dos jogos em Daegu

Disputei duas vezes as Universiades, olimpíadas universitárias, em 2003, na Coréia do Sul e em 2005, na Turquia. 


Hoje vou falar de uma das minhas melhores recordações como jogadora na época de faculdade, ter participado das Universiades, jogos mundiais universitários. Eu sempre gostei muito de estudar. Então, resolvi unir o útil ao agradável e fiz dois cursos na Uni Sant`Anna, centro universitário que gentilmente me concedeu bolsas de estudo (porque eu era da equipe de tênis), quase que sempre integrais, nos cursos de Jornalismo e Educação Física.



É isso mesmo que vocês estão pensando. Eu fiquei mais de 8 anos na faculdade, contando com as adaptações que fiz, porque tranquei por um período para viajar para alguns torneios. Foi um período muito legal na minha vida, espero voltar a estudar em breve.

Mascote da competição


Durante a faculdade nós tínhamos uma equipe que disputava os torneios da liga universitária de tênis. E a cada dois anos tinham estas olimpíadas universitárias, a Universiade, que era realizada normalmente em algum país da Ásia ou Europa.

Oitenta atletas brasileiros participam em agosto, em Daegu, na Coréia do Sul, da Universíade 2003 e eu fazia parte deles. A Universiade é a maior competição esportiva universitária do mundo. Naquele ano, os jogos reunirão 4.600 atletas de 165 países.

Na hora do embarque encontramos Serginho Malandro. Na foto: Serginho, Rafael Kompatscher, Jair Montovani, Bianca Catay e Renata Dias

As Universiades, combinação das palavras Universidades e Olimpíada,  acontecem duas vezes no ano. São as Universiades de Inverno e as de Verão, sendo esta última a mais concorrida da temporada.

O Brasil já tem tradição de participação nesses jogos universitários. Na competição de Pequim, em 2001, Maureen Maggi levou a medalha de ouro, e a seleção brasileira de futebol feminino, sagrou-se campeã mundial. Para participar das Universíades os atletas devem ter entre17 e 28 anos, além de estar regularmente matriculados em uma universidade.

Eu e alguém fingindo ser uma estátua na frente da entrada do estádio de tênis


Em Daegu, a edição teve esportes como: atletismo, basquete, esgrima, ginástica rítmica e artística, natação, saltos ornamentais, pólo aquático, tênis, vôlei, futebol, taekwondo, judô e arco e flecha.

Esta foi minha primeira oportunidade de participar desta competição. E essa foi, sem dúvida, a viagem para torneios mais divertida da minha vida. Para se classificar, eu fui vice-campeã brasileira universitária. A princípio iriam apenas os finalistas, mas, depois, acabou indo quem chegou até a semi também, porque naquele ano, o Brasil levou apenas os atletas das modalidades individuais.


Eu ao lado de várias comidas diferentes em Daegu

Nós estávamos em oito brasileiros na equipe de tênis, então sempre tinha companhia de alguém. Essa também foi a viagem mais longa da minha vida. Saímos de São Paulo, depois fizemos escala nos EUA, depois outra escala no Japão (dormimos uma noite em Nagoya), e enfim Seul, na Coréia. Mais de um dia, mas valeu a pena... Chegando lá ainda pegamos um ônibus para Daegu, que tinha uma decoração diferente...  

Decoração bem peculiar dos ônibus em Daegu. Na foto: Renato Messias, Renata Dias, Orlando Rosa e Bianca Catay

Fomos muito bem tratados na Coréia do Sul. Apesar da cultura ser muito diferente da nossa, até torcidinha uniformizada a gente tinha, que ficava gritando “we love you” e fazia coração com os braços (como dá para ver na foto). A vila dos atletas era outra coisa incrível em Daegu. Muito bem organizada, cada país tinha seu prédio, a praça de alimentação também era super legal. Toda noite também tinha uma baladinha, mas terminava cedo, claro né gente... 





Durante jantar oferecido a delegação brasileira

Uma coisa sobre a comida eu preciso contar. Se eu comi carne de cachorro passou desapercebido, se bem que eu tenho vaga lembrança de provar o bulldog burguer hahaha. Eu experimentava de tudo na vila e também comi várias coisas diferentes num jantar oferecido para a nossa delegação. Mas, tinha bastante comida estranha por lá... Outra curiosidade: em vários lugares que a gente ia, o banheiro era um buraco no chão hahaha...






Eu lembro até da música que foi tocada neste jantar, Unchained Melody, dá uma olhada nessa versão que eu achei..

                              Imaginem só se a gente tivesse ido na época do Gangnam Style?                                       

E tinha uma coisa muito importante, que não posso esquecer de falar, o “change”. A gente tentava trocar de tudo na viagem com pessoas de outros países. Camisetas, bonés, casacos, enfim, tudo era motivo para correr atrás do change. Tinha até um membro da nossa equipe que não vou citar o nome que era profissional nisso...

Teve até o dia de passeio, fomos ver os templos budistas

Infelizmente, não fomos muito bem nos jogos. Este torneio tinha um nível muito elevado, com cabeças de chave entre os 100, 200 do mundo, mas fizemos boas partidas...

Máscaras coreanas


Bom, vou deixar este post por aqui, no próximo falo sobre como foi em Izmir, na Turquia


E você também já disputou alguma Universiade?


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Essa minha vida agitada de eventos


A correria e agitação dos eventos que muita gente não consegue ficar longe...



Já faz tempo que eu não escrevo para meu blog. O motivo principal foi porque eu estava trabalhando num evento, um torneio de tênis em São Paulo. Estava esperando terminar para poder escrever dessa agitação gostosa e às vezes cansativa dos eventos que trabalho.

Bom, vou começar falando sobre a organização. Normalmente, a empresa organizadora começa a trabalhar bem antes para fazer o evento. Os patrocínios são procurados com muita antecedência, às vezes até um ano antes ou mais. Depois que tiver a verba, a empresa precisa ir atrás do clube que será a sede do torneio, contratar todos os serviços, transporte, alimentação, fazer a arquibancada, ver como será feita a tenda para abrigar todos envolvidos no evento, organização, árbitros, juízes de linha, diretor do torneio, médico e fisioterapeuta, imprensa etc.

                                                      Foto Tenda da Organização: João Pires

Eu trabalhei na parte da organização. Meu trabalho era fazer as reservas no hotel, do staff, árbitros e jogadores, conferir para ver se todos ficavam no período correto (os jogadores podem ficar mais ou menos tempo, dependendo quantos jogos ganham) e assim, garantir que tudo fique dentro do budget. Também fazia o Prize Money (premiação dos jogadores, que era de acordo com q rodada que chegavam) e também ajudava em outras coisas, tudo que precisasse. O pessoal da organização sempre é o primeiro a chegar e o último a sair, então precisa ter o maior pique...

 As pessoas que trabalham com eventos normalmente são animadas e divertidas. Todos se conhecem e costumam manter o bom relacionamento, apesar de pequenos desentendimentos acontecerem às vezes. Eu gosto muito de trabalhar com pessoas, porque normalmente cada um tem uma história de vida diferente para contar e algo novo para ensinar. Eu sempre aprendo muito com as pessoas nos eventos que trabalho, pois convivo com todos os níveis (sociais) e nacionalidades diferentes também, pois tem sempre jogadores e árbitros de outros países.

O pessoal que divide a sala comigo, acaba participando intensamente da minha vida. São muitas horas juntos e muitos dias, então acaba sendo como pessoas da sua família. Como normalmente o evento começa às 9h e vai até às 22h, dividimos  muitas coisas da vida, escutamos nossas músicas favoritas e até combinamos uma baladinha, quando não estamos tão cansados. Dentro do grupo, sempre tem os mais agitados que quando chegam nos lugares já sabem onde ir e curtir a noite e, tem aqueles que, assim como eu, normalmente vão embora de táxi mais cedo da balada, por causa do sono...




Bom, eu falo que fico cansada desses eventos, mas não consigo viver longe deles... E você, também já trabalhou em algum evento? Conta pra gente...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Motivos sérios e divertidos para você começar a jogar tênis agora!

          
O suiço Roger Federer

                                                   

Algumas considerações sobre este esporte que apaixona a todos, nos ajuda a manter a boa forma e também a ter assunto para paquerar os gatinhos tenistas!


Hoje vou falar bem do meu esporte favorito: o Tênis! Bom, eu sou um pouco suspeita para falar, porque fui jogadora profissional e trabalho com isso, mas listei alguns motivos (sérios e divertidos) pelos quais as pessoas devem praticar esse esporte.

                                               A sérvia Ana Ivanovic - Foto: US Open.org

Praticar uma atividade física com alto gasto calórico
Além de tornear a musculatura do abdômen, pernas e braços, o tenista gasta em média 600 calorias em uma hora de partida ou treino. É isso aí! E o que é mais legal, na maioria das vezes você nem percebe... a pessoa fica tão entretida em ganhar o jogo ou acertar a bola que o tempo passa rapidinho...

Fazer amigos que também gostam de ter uma vida saudável
Jogar tênis vira um hábito ou um vicio. Você que estava apenas acostumado a sair para beber com os amigos numa 5af a noite ou num domingo na hora do almoço, vai querer mudar um pouco isso e vai procurar também jogar tênis. Consequentemente, vai ter mais amigos com os mesmos hábitos que você, vai incentivar seus familiares e, portanto, terá uma vida mais saudável. Sabe aquele churrascão de domingo? Vai ter só depois do jogo de tênis. Você pode até fazer no clube mesmo, você vai adorar! E não se preocupe com a roupa que você vai estar... As roupas dos tenistas, principalmente das mulheres, são lindas...


Você vai ficar viciado em falar no assunto
Essa parte eu não sei se é muito boa. Mas, a realidade é que os tenistas adoram falar de tênis. Dos torneios, dos jogadores, dar palpites nos jogos, fazer bolão... Todos escolhem o jogador preferido, se o Rafael Nadal, o Roger Federer, o Novak Djokovic, David Ferrer, entre outros e também explicam os motivos. Entre as mulheres normalmente as mais admiradas são as mais bonitas ou mais chiques, tipo Maria Sharapova, Ana Ivanovic etc...

Esse item é para as meninas: você vai ter assunto com aquele bonitão tenista
Pronto, você já vai poder puxar assunto com aquele gato que joga tênis na sua academia ou no clube, sabendo tudo o que acontece no esporte... 

                                                 O espanhol Feliciano Lopez/ Foto: US Open.org

Vai te incentivar a ir à academia fazer musculação
Você vai ter um motivo para freqüentar mais a academia. Agora suas séries de musculação vão ser focadas para sua melhora na quadra de tênis. Você vai até pedir para seu instrutor exercícios específicos. Já dá uma grande motivação a mais, além de ficar bonita, claro.

Você continuará jogando ainda quando ficar mais velho
Tênis é um dos esportes que conseguimos praticar por muitos anos, até ficarmos velhinhos. Tem até torneio da federação e confederação para a terceira idade, sem contar que isso estimula a vida social do idoso e o mantém ativo! Já pensou você jogando tênis com seus netos e fazendo encontro das damas no clube? Melhor do que só jogar cartas né...  

                                        A russa Maria Sharapova durante o torneio de Wimbledon

É mais fácil para lidar com o stress
Quem mora nas grandes cidades já sabe que o stress está presente no dia-dia.  No trânsito, no trabalho, para lidar com as pessoas, nos compromissos, enfim... Você pode deixar os problemas de lado pensando em apenas ganhar o jogo, bater na bola para descontar a raiva e até dar uns gritinhos iguais aos da Maria Sharapova... Ah...

                                  
                                           O atual campeão do US Open, Rafael Nadal

Vai entender um pouquinho mais de tênis quando for ver o NADAL ano que vem no Rio!
Gente, é verdade! O tenista número dois do mundo Rafael Nadal vem para o Brasil ano que vem! Está confirmado no ATP 500 do Rio de Janeiro, o Rio Open, de 15 a 23 de fevereiro. Você não vai perder essa, vai? Esse ano, o espanhol jogou em São Paulo, o ATP 250 Brasil Open e eu consegui tirar uma foto com ele! Vale a pena tentar, ele é muito simpático!

Concluindo
Enfim, você vai ter uma vida mais saudável com todos os benefícios que uma atividade física pode te proporcionar! Além de ter que usar a cabeça para ganhar os pontos do adversário! Venha experimentar esse esporte apaixonante!


E você, joga tênis? Conte um pouquinho da sua experiência nas quadras!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Tênis: As aventuras de Renata em Israel

                                                           A cidade de Jerusalém

Mais uma de minhas malucas viagens em busca de pontos no ranking mundial de tênis!


Aproveitando o clima do US Open e as grandes partidas de Serena Williams e Rafael Nadal, vou falar um pouco de uma de minhas viagens para torneios, quando resolvi jogar em Israel, Tel Aviv. Bom, a ideia de ir para Israel foi do mesmo treinador que me incentivou a ir para a Nigéria (isso tava óbvio, né...). E eu novamente logo aceitei a grande ideia.

De acordo com dados da Wikipédia, Israel é uma república parlamentar localizada no Oriente Médio, ao longo da costa oriental do Mar Mediterrâneo. O país é definido como um "Estado Judeu e Democrático" em suas Leis Básicas e é o único Estado de maioria judia do mundo. O centro financeiro de Israel é Tel Aviv, enquanto Jerusalém é a cidade mais populosa do país e considerada como sua capital (embora não seja reconhecida como tal pela comunidade internacional).

                                                           Vista da Orla em Tel Aviv

Apesar dos conflitos que existem na região, decidi correr atrás de pontos no ranking mundial no oriente médio...

Foi em 2007. Era uma época difícil, não tinham muitos torneios profissionais no Brasil e realmente era preciso viajar para longe para poder jogar. Mas, o nível dos torneios que o meu técnico da época imaginava que eu iria encontrar, acabou sendo mais alto do que esperávamos. Para começo de conversa, eu tinha que jogar qualifying (antes do torneio principal começar). Tinham muitas russas e tenistas do leste europeu. Imagina se o torneio estava fraco...

Enfim, vou começar pelo embarque. Lá estava eu mais uma vez sozinha com minha mala e raqueteira em busca dos tão preciosos pontos no ranking mundial. Meu voo era para Tel Aviv via Madrid. Depois, ainda tinha que ir para Barcelona para só então ir para Tel Aviv. Mas, acabei perdendo a conexão na Espanha. O resultado foi que tive que voar para a Itália para poder chegar em Israel e precisei trocar o bilhete para uma empresa aérea parceira da empresa espanhola Iberia (que antes estava programada para ir), a El Al, companhia aérea nacional de Israel.

Bom, chegando na Itália para pegar o voo na El Al, na entrada do guichê da companhia aérea, fui recebida por um policial armado. Ele me fez algumas perguntas interessantes. “Alguém te ajudou a preparar a mala? Alguém te deu um pacote ou presente para você levar para Israel? Pode ter algum explosivo nesse presente...”

                                    Mar Morto leva esse nome devido à sua grande quantidade de sal
              
Eu que moro no Brasil, acostumada com os problemas de assalto, fiquei meio assustada com essas perguntas, mas entendia a preocupação. Daí então veio uma entrevista com um funcionário da El Al. Ele não conseguia entender porque eu ia jogar torneios de tênis em Israel (nem eu entendia)... Mas, enfim, fui liberada para o check-in. Antes de entrar no avião, mais uma surpresa. Não queriam me deixar embarcar, porque meu nome não estava na lista prévia de passageiros (claro, tive que mudar de voo, porque tinha perdido a conexão). Mais uma entrevista com funcionários (também não conseguiam entender como alguém sai do Brasil sozinha para jogar torneios de tênis em Israel), mas no fim pude embarcar... Ufa... Mas, a minha mala só chegou em Tel Aviv depois de três dias...

                                                            Vista de Tel Aviv

Chegando em Israel, me surpreendi com a cidade. Realmente um país de primeiro mundo, muito desenvolvido, mas de sábado é tudo fechado (porque os judeus têm esse costume pela religião). As pessoas eram um pouco fechadas, mas sempre dispostas a ajudar. Eu achava que ia encontrar muitos judeus vestidos a caráter na rua como às vezes vemos aqui em São Paulo, mas quase não tinham pessoas assim.

O torneio era disputado num lugar com mais de 15 quadras, enorme. Future (torneio ITF de US$ 10 mil de premiação) feminino e masculino junto para dar uma animada no pessoal. Meus resultados foram bem ruins, não consegui pontuar (isso é ganhar jogos na chave principal) e só ganhei duas partidas de qualifying em três torneios. Uma droga. Mas, enfim essas coisas acontecem... 

                                                          Cidade antiga de Old Jaffa

Acho que essa foi a viagem que fiquei mais sozinha. Quase ninguém conversava comigo... Acho que eu também não falava muito, queria sempre ficar concentrada para os jogos (até demais...).  O único gatinho que eu consegui conversar um pouco foi um cara de Monte Carlo (eu sempre muito chique né...hehe). Eu, com o meu jeito romântico ingênuo, ficava esperando que ele me convidasse pra jantar ou tomar sorvete na praia e ele só me chamou para ir pro quarto dele. Fiquei chateada, pois na época a Europa nem tava em crise ainda (não tinha motivo para economizar)... Eu não aceitei, claro... E ele ficou indignado, porque sou brasileira, vocês acreditam nisso?

As russas e outras tenistas do leste europeu eram bem bonitas, mas não era todo o dia que elas lavavam o cabelo não... Um outro fato que me chamou atenção foi ver alguns desses tenistas (principalmente os homens) bêbados na entrada do hotel numa quinta-feira às 8h da noite, pode?

Como eu não consegui alguém para dividir o quarto (não sei se porque antes eu era mais antipática), na segunda semana fui para um hostel (em que você compartilha quartos com quem você não conhece). Agora, lembrando dessas coisas eu penso, como eu era maluca, não é? Esse hostel ficava próximo de um centro comercial que para entrar, sempre um guarda olhava dentro das bolsas para ver se não tinha nada suspeito... Medo...

A única coisa que me arrependo foi de não ter ido para Jerusalém. No dia em que a única menina que falava comigo ia pra lá eu resolvi treinar (infelizmente)... Apesar de parecer ser um lugar muito perigoso, me senti melhor do que em outros lugares considerados mais seguros...

                                                                   Old Jaffa

Durante a viagem, um dia fui passear em Old Jaffa (parte antiga da cidade com maioria árabe) para comprar umas lembrancinhas. Lá conheci com um árabe muito divertido que adorava o Che Guevara e me ajudou a comprar uma passadeira linda (tapete). Olha só essa oração que veio num chaveiro que eu comprei por lá:

Travelers Prayer
O Lord may your love protect me on my journey and guard me from perils on the way.
May I reach my destination in peace and fulfill my mission.
May I return to my home with joy and in peace.
Amen




E você já foi para Israel? Deixe seu relato! 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Um dia você também vai envelhecer...

                                                          Foto: Revista Família Cristã


O cotidiano das grandes cidades traz muitas dificuldades para os idosos...


O tema de hoje é muito importante e não podia deixar de falar sobre ele. A falta de paciência que todos temos no dia-dia, salvo algumas exceções. Vivemos em uma cidade que não tolera quem não está exatamente adequado aos seus padrões. Ainda mais, se a pessoa for idosa. Os idosos enfrentam sempre dificuldades no dia-dia corrido das grandes cidades.

Com certeza você tem algum idoso na família, nem que seja um parente distante. Bom, eles normalmente tem outro ritmo de vida, mas muito experiência para passar para as pessoas. O fato é que a população está envelhecendo, vive mais. Todos nós que ainda somos jovens, vamos passar passar por essa fase da vida (espero).

                                                          Foto: Divulgação - Site stock.xchn

Para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos anos 1960, a expectativa de vida era de 52,6 anos. Em 2010, época do último Censo, esse número subiu para 73,8 anos e, para 2020, a projeção é de 76,1 anos a expectativa de vida.

Pode ser complicado quando o idoso mora com algum membro da família (isso quando não é ele mesmo quem sustenta a casa). Cada um tem as suas manias e as brigas podem acabar acontecendo. O idoso pode ficar um pouco ansioso para fazer as coisas que ele gosta de fazer... O que é normal. Mas, precisamos ajudar as pessoas, ainda mais aquelas que fazem parte da nossa vida. Além disso, eles são carinhosos e tem sempre boas histórias para contar.

Porém, como estava falando no início, moramos em um local onde em que a maioria das pessoas não tem tempo nem paciência pra nada. Tem os motivos para isso, claro. Excesso de trabalho, estresse, problemas pessoais, familiares, etc... 

Normalmente, o transito das grandes capitais não tolera os idosos. Exemplo disso, foi o que aconteceu com a minha *Tia Laura essa semana. Ela teve a grande ideia de atravessar a rua um pouco longe da faixa de pedestres, quando o farol estava fechado. Passou um motoqueiro e a atropelou na maior velocidade.

                                             Pedestres na região da Sé (São Paulo) Foto: Folha Press
                               
Resultado: vai precisar de um ombro novo; ossos da bacia e da pelve quebrados, além de três costelas quebradas também. Não preciso dizer o susto que eu levei quando recebi o telefonema falando que minha querida Tia Laura estava no hospital. Uma senhora de mais de 75 anos. Na hora fiquei com raiva da pessoa que atropelou, mas depois percebi. Vivemos em uma sociedade que tem pressa para tudo e é um pouco egoísta.

E tem mais. Algumas coisas passaram a ser banais em São Paulo, já faz tempo. E atropelamento é uma delas. Todo o dia morre uma pessoa atropelada, de acordo com estatísticas da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Então, virou rotina. Motoqueiros, mais de um, com certeza. Fui fazer uma pesquisa rápida sobre o assunto na internet. Começaram a vir inúmeras notícias, uma pior que a outra, sem contar as histórias de atropelamentos de ciclistas. Desisti, comecei a pensar na minha tia e tive que parar...

                                                    Bikes na rua/Foto: Folha de São Paulo

Continuando minha história, quando cheguei no hospital, Tia Laura estava esperando para ser internada. Então para tentar melhorar a situação (não sei de onde tiro essas ideias), eu disse: “tia, a senhora tá querendo competir com o Wolverine?” Ela riu. Pelo menos arranquei um sorriso dela. Logo em seguida entrou o médico na sala, o ortopedista para explicar o problema dela. Quando ele saiu, a Tia Laura fez um sinal para mim, para eu ficar de olho nele que era bonitão (até no hospital ficar paquerando não né)... Essa minha tia é uma figura...

Esta semana foi a primeira vez que dormi num hospital. Fui por causa dessa minha tia, claro. É terrível ver qualquer um numa situação dessa, deitado numa cama, tomando vários remédios, esperando uma cirurgia, ainda mais quem a gente gosta e ama.

Fico imaginando... Será que vamos conseguir ter mais paciência com as pessoas? Pensar mais nos outros, ser menos egoístas. Não sair no maior desespero na rua quando estamos atrasados para um compromisso. Não falar palavrão quando recebemos uma ofensa. Controlar os comentários agressivos ou preconceituosos a alguém, entre outras coisas mais graves...



As horas passam devagar no hospital. Vem um tipo de medicamento. Depois outro. Eu, que não sou médica, nem entendo nada do assunto, começo a ficar sem paciência. E achar tudo muito demorado. Mas, tento ver o lado positivo e achar que vai dar tudo certo. Afinal temos que passar as melhores energias para a pessoa que estamos acompanhando, certo?

No outro dia, volto para casa. Durmo na minha cama quentinha e macia. Acho que dou ainda mais valor agora. E penso: “espero que o pessoal tenha lido até aqui”. Espero também que a gente tenha mais paciência e seja mais tolerante no nosso dia-dia.





E você, já passou por alguma situação parecida em sua vida? Quer deixar seu relato?

*Tia Laura: o nome foi trocado para preservar sua identidade