quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Motivos sérios e divertidos para você começar a jogar tênis agora!

          
O suiço Roger Federer

                                                   

Algumas considerações sobre este esporte que apaixona a todos, nos ajuda a manter a boa forma e também a ter assunto para paquerar os gatinhos tenistas!


Hoje vou falar bem do meu esporte favorito: o Tênis! Bom, eu sou um pouco suspeita para falar, porque fui jogadora profissional e trabalho com isso, mas listei alguns motivos (sérios e divertidos) pelos quais as pessoas devem praticar esse esporte.

                                               A sérvia Ana Ivanovic - Foto: US Open.org

Praticar uma atividade física com alto gasto calórico
Além de tornear a musculatura do abdômen, pernas e braços, o tenista gasta em média 600 calorias em uma hora de partida ou treino. É isso aí! E o que é mais legal, na maioria das vezes você nem percebe... a pessoa fica tão entretida em ganhar o jogo ou acertar a bola que o tempo passa rapidinho...

Fazer amigos que também gostam de ter uma vida saudável
Jogar tênis vira um hábito ou um vicio. Você que estava apenas acostumado a sair para beber com os amigos numa 5af a noite ou num domingo na hora do almoço, vai querer mudar um pouco isso e vai procurar também jogar tênis. Consequentemente, vai ter mais amigos com os mesmos hábitos que você, vai incentivar seus familiares e, portanto, terá uma vida mais saudável. Sabe aquele churrascão de domingo? Vai ter só depois do jogo de tênis. Você pode até fazer no clube mesmo, você vai adorar! E não se preocupe com a roupa que você vai estar... As roupas dos tenistas, principalmente das mulheres, são lindas...


Você vai ficar viciado em falar no assunto
Essa parte eu não sei se é muito boa. Mas, a realidade é que os tenistas adoram falar de tênis. Dos torneios, dos jogadores, dar palpites nos jogos, fazer bolão... Todos escolhem o jogador preferido, se o Rafael Nadal, o Roger Federer, o Novak Djokovic, David Ferrer, entre outros e também explicam os motivos. Entre as mulheres normalmente as mais admiradas são as mais bonitas ou mais chiques, tipo Maria Sharapova, Ana Ivanovic etc...

Esse item é para as meninas: você vai ter assunto com aquele bonitão tenista
Pronto, você já vai poder puxar assunto com aquele gato que joga tênis na sua academia ou no clube, sabendo tudo o que acontece no esporte... 

                                                 O espanhol Feliciano Lopez/ Foto: US Open.org

Vai te incentivar a ir à academia fazer musculação
Você vai ter um motivo para freqüentar mais a academia. Agora suas séries de musculação vão ser focadas para sua melhora na quadra de tênis. Você vai até pedir para seu instrutor exercícios específicos. Já dá uma grande motivação a mais, além de ficar bonita, claro.

Você continuará jogando ainda quando ficar mais velho
Tênis é um dos esportes que conseguimos praticar por muitos anos, até ficarmos velhinhos. Tem até torneio da federação e confederação para a terceira idade, sem contar que isso estimula a vida social do idoso e o mantém ativo! Já pensou você jogando tênis com seus netos e fazendo encontro das damas no clube? Melhor do que só jogar cartas né...  

                                        A russa Maria Sharapova durante o torneio de Wimbledon

É mais fácil para lidar com o stress
Quem mora nas grandes cidades já sabe que o stress está presente no dia-dia.  No trânsito, no trabalho, para lidar com as pessoas, nos compromissos, enfim... Você pode deixar os problemas de lado pensando em apenas ganhar o jogo, bater na bola para descontar a raiva e até dar uns gritinhos iguais aos da Maria Sharapova... Ah...

                                  
                                           O atual campeão do US Open, Rafael Nadal

Vai entender um pouquinho mais de tênis quando for ver o NADAL ano que vem no Rio!
Gente, é verdade! O tenista número dois do mundo Rafael Nadal vem para o Brasil ano que vem! Está confirmado no ATP 500 do Rio de Janeiro, o Rio Open, de 15 a 23 de fevereiro. Você não vai perder essa, vai? Esse ano, o espanhol jogou em São Paulo, o ATP 250 Brasil Open e eu consegui tirar uma foto com ele! Vale a pena tentar, ele é muito simpático!

Concluindo
Enfim, você vai ter uma vida mais saudável com todos os benefícios que uma atividade física pode te proporcionar! Além de ter que usar a cabeça para ganhar os pontos do adversário! Venha experimentar esse esporte apaixonante!


E você, joga tênis? Conte um pouquinho da sua experiência nas quadras!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Tênis: As aventuras de Renata em Israel

                                                           A cidade de Jerusalém

Mais uma de minhas malucas viagens em busca de pontos no ranking mundial de tênis!


Aproveitando o clima do US Open e as grandes partidas de Serena Williams e Rafael Nadal, vou falar um pouco de uma de minhas viagens para torneios, quando resolvi jogar em Israel, Tel Aviv. Bom, a ideia de ir para Israel foi do mesmo treinador que me incentivou a ir para a Nigéria (isso tava óbvio, né...). E eu novamente logo aceitei a grande ideia.

De acordo com dados da Wikipédia, Israel é uma república parlamentar localizada no Oriente Médio, ao longo da costa oriental do Mar Mediterrâneo. O país é definido como um "Estado Judeu e Democrático" em suas Leis Básicas e é o único Estado de maioria judia do mundo. O centro financeiro de Israel é Tel Aviv, enquanto Jerusalém é a cidade mais populosa do país e considerada como sua capital (embora não seja reconhecida como tal pela comunidade internacional).

                                                           Vista da Orla em Tel Aviv

Apesar dos conflitos que existem na região, decidi correr atrás de pontos no ranking mundial no oriente médio...

Foi em 2007. Era uma época difícil, não tinham muitos torneios profissionais no Brasil e realmente era preciso viajar para longe para poder jogar. Mas, o nível dos torneios que o meu técnico da época imaginava que eu iria encontrar, acabou sendo mais alto do que esperávamos. Para começo de conversa, eu tinha que jogar qualifying (antes do torneio principal começar). Tinham muitas russas e tenistas do leste europeu. Imagina se o torneio estava fraco...

Enfim, vou começar pelo embarque. Lá estava eu mais uma vez sozinha com minha mala e raqueteira em busca dos tão preciosos pontos no ranking mundial. Meu voo era para Tel Aviv via Madrid. Depois, ainda tinha que ir para Barcelona para só então ir para Tel Aviv. Mas, acabei perdendo a conexão na Espanha. O resultado foi que tive que voar para a Itália para poder chegar em Israel e precisei trocar o bilhete para uma empresa aérea parceira da empresa espanhola Iberia (que antes estava programada para ir), a El Al, companhia aérea nacional de Israel.

Bom, chegando na Itália para pegar o voo na El Al, na entrada do guichê da companhia aérea, fui recebida por um policial armado. Ele me fez algumas perguntas interessantes. “Alguém te ajudou a preparar a mala? Alguém te deu um pacote ou presente para você levar para Israel? Pode ter algum explosivo nesse presente...”

                                    Mar Morto leva esse nome devido à sua grande quantidade de sal
              
Eu que moro no Brasil, acostumada com os problemas de assalto, fiquei meio assustada com essas perguntas, mas entendia a preocupação. Daí então veio uma entrevista com um funcionário da El Al. Ele não conseguia entender porque eu ia jogar torneios de tênis em Israel (nem eu entendia)... Mas, enfim, fui liberada para o check-in. Antes de entrar no avião, mais uma surpresa. Não queriam me deixar embarcar, porque meu nome não estava na lista prévia de passageiros (claro, tive que mudar de voo, porque tinha perdido a conexão). Mais uma entrevista com funcionários (também não conseguiam entender como alguém sai do Brasil sozinha para jogar torneios de tênis em Israel), mas no fim pude embarcar... Ufa... Mas, a minha mala só chegou em Tel Aviv depois de três dias...

                                                            Vista de Tel Aviv

Chegando em Israel, me surpreendi com a cidade. Realmente um país de primeiro mundo, muito desenvolvido, mas de sábado é tudo fechado (porque os judeus têm esse costume pela religião). As pessoas eram um pouco fechadas, mas sempre dispostas a ajudar. Eu achava que ia encontrar muitos judeus vestidos a caráter na rua como às vezes vemos aqui em São Paulo, mas quase não tinham pessoas assim.

O torneio era disputado num lugar com mais de 15 quadras, enorme. Future (torneio ITF de US$ 10 mil de premiação) feminino e masculino junto para dar uma animada no pessoal. Meus resultados foram bem ruins, não consegui pontuar (isso é ganhar jogos na chave principal) e só ganhei duas partidas de qualifying em três torneios. Uma droga. Mas, enfim essas coisas acontecem... 

                                                          Cidade antiga de Old Jaffa

Acho que essa foi a viagem que fiquei mais sozinha. Quase ninguém conversava comigo... Acho que eu também não falava muito, queria sempre ficar concentrada para os jogos (até demais...).  O único gatinho que eu consegui conversar um pouco foi um cara de Monte Carlo (eu sempre muito chique né...hehe). Eu, com o meu jeito romântico ingênuo, ficava esperando que ele me convidasse pra jantar ou tomar sorvete na praia e ele só me chamou para ir pro quarto dele. Fiquei chateada, pois na época a Europa nem tava em crise ainda (não tinha motivo para economizar)... Eu não aceitei, claro... E ele ficou indignado, porque sou brasileira, vocês acreditam nisso?

As russas e outras tenistas do leste europeu eram bem bonitas, mas não era todo o dia que elas lavavam o cabelo não... Um outro fato que me chamou atenção foi ver alguns desses tenistas (principalmente os homens) bêbados na entrada do hotel numa quinta-feira às 8h da noite, pode?

Como eu não consegui alguém para dividir o quarto (não sei se porque antes eu era mais antipática), na segunda semana fui para um hostel (em que você compartilha quartos com quem você não conhece). Agora, lembrando dessas coisas eu penso, como eu era maluca, não é? Esse hostel ficava próximo de um centro comercial que para entrar, sempre um guarda olhava dentro das bolsas para ver se não tinha nada suspeito... Medo...

A única coisa que me arrependo foi de não ter ido para Jerusalém. No dia em que a única menina que falava comigo ia pra lá eu resolvi treinar (infelizmente)... Apesar de parecer ser um lugar muito perigoso, me senti melhor do que em outros lugares considerados mais seguros...

                                                                   Old Jaffa

Durante a viagem, um dia fui passear em Old Jaffa (parte antiga da cidade com maioria árabe) para comprar umas lembrancinhas. Lá conheci com um árabe muito divertido que adorava o Che Guevara e me ajudou a comprar uma passadeira linda (tapete). Olha só essa oração que veio num chaveiro que eu comprei por lá:

Travelers Prayer
O Lord may your love protect me on my journey and guard me from perils on the way.
May I reach my destination in peace and fulfill my mission.
May I return to my home with joy and in peace.
Amen




E você já foi para Israel? Deixe seu relato! 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Um dia você também vai envelhecer...

                                                          Foto: Revista Família Cristã


O cotidiano das grandes cidades traz muitas dificuldades para os idosos...


O tema de hoje é muito importante e não podia deixar de falar sobre ele. A falta de paciência que todos temos no dia-dia, salvo algumas exceções. Vivemos em uma cidade que não tolera quem não está exatamente adequado aos seus padrões. Ainda mais, se a pessoa for idosa. Os idosos enfrentam sempre dificuldades no dia-dia corrido das grandes cidades.

Com certeza você tem algum idoso na família, nem que seja um parente distante. Bom, eles normalmente tem outro ritmo de vida, mas muito experiência para passar para as pessoas. O fato é que a população está envelhecendo, vive mais. Todos nós que ainda somos jovens, vamos passar passar por essa fase da vida (espero).

                                                          Foto: Divulgação - Site stock.xchn

Para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos anos 1960, a expectativa de vida era de 52,6 anos. Em 2010, época do último Censo, esse número subiu para 73,8 anos e, para 2020, a projeção é de 76,1 anos a expectativa de vida.

Pode ser complicado quando o idoso mora com algum membro da família (isso quando não é ele mesmo quem sustenta a casa). Cada um tem as suas manias e as brigas podem acabar acontecendo. O idoso pode ficar um pouco ansioso para fazer as coisas que ele gosta de fazer... O que é normal. Mas, precisamos ajudar as pessoas, ainda mais aquelas que fazem parte da nossa vida. Além disso, eles são carinhosos e tem sempre boas histórias para contar.

Porém, como estava falando no início, moramos em um local onde em que a maioria das pessoas não tem tempo nem paciência pra nada. Tem os motivos para isso, claro. Excesso de trabalho, estresse, problemas pessoais, familiares, etc... 

Normalmente, o transito das grandes capitais não tolera os idosos. Exemplo disso, foi o que aconteceu com a minha *Tia Laura essa semana. Ela teve a grande ideia de atravessar a rua um pouco longe da faixa de pedestres, quando o farol estava fechado. Passou um motoqueiro e a atropelou na maior velocidade.

                                             Pedestres na região da Sé (São Paulo) Foto: Folha Press
                               
Resultado: vai precisar de um ombro novo; ossos da bacia e da pelve quebrados, além de três costelas quebradas também. Não preciso dizer o susto que eu levei quando recebi o telefonema falando que minha querida Tia Laura estava no hospital. Uma senhora de mais de 75 anos. Na hora fiquei com raiva da pessoa que atropelou, mas depois percebi. Vivemos em uma sociedade que tem pressa para tudo e é um pouco egoísta.

E tem mais. Algumas coisas passaram a ser banais em São Paulo, já faz tempo. E atropelamento é uma delas. Todo o dia morre uma pessoa atropelada, de acordo com estatísticas da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Então, virou rotina. Motoqueiros, mais de um, com certeza. Fui fazer uma pesquisa rápida sobre o assunto na internet. Começaram a vir inúmeras notícias, uma pior que a outra, sem contar as histórias de atropelamentos de ciclistas. Desisti, comecei a pensar na minha tia e tive que parar...

                                                    Bikes na rua/Foto: Folha de São Paulo

Continuando minha história, quando cheguei no hospital, Tia Laura estava esperando para ser internada. Então para tentar melhorar a situação (não sei de onde tiro essas ideias), eu disse: “tia, a senhora tá querendo competir com o Wolverine?” Ela riu. Pelo menos arranquei um sorriso dela. Logo em seguida entrou o médico na sala, o ortopedista para explicar o problema dela. Quando ele saiu, a Tia Laura fez um sinal para mim, para eu ficar de olho nele que era bonitão (até no hospital ficar paquerando não né)... Essa minha tia é uma figura...

Esta semana foi a primeira vez que dormi num hospital. Fui por causa dessa minha tia, claro. É terrível ver qualquer um numa situação dessa, deitado numa cama, tomando vários remédios, esperando uma cirurgia, ainda mais quem a gente gosta e ama.

Fico imaginando... Será que vamos conseguir ter mais paciência com as pessoas? Pensar mais nos outros, ser menos egoístas. Não sair no maior desespero na rua quando estamos atrasados para um compromisso. Não falar palavrão quando recebemos uma ofensa. Controlar os comentários agressivos ou preconceituosos a alguém, entre outras coisas mais graves...



As horas passam devagar no hospital. Vem um tipo de medicamento. Depois outro. Eu, que não sou médica, nem entendo nada do assunto, começo a ficar sem paciência. E achar tudo muito demorado. Mas, tento ver o lado positivo e achar que vai dar tudo certo. Afinal temos que passar as melhores energias para a pessoa que estamos acompanhando, certo?

No outro dia, volto para casa. Durmo na minha cama quentinha e macia. Acho que dou ainda mais valor agora. E penso: “espero que o pessoal tenha lido até aqui”. Espero também que a gente tenha mais paciência e seja mais tolerante no nosso dia-dia.





E você, já passou por alguma situação parecida em sua vida? Quer deixar seu relato?

*Tia Laura: o nome foi trocado para preservar sua identidade